Meu Bairro

 

 

Arquivo Histórico de São Paulo - Prefeitura Municipal de São Paulo

 

RUA ENGENHEIRO ANDRADE JUNIOR

José Pinto de Andrade Junior nasceu na cidade de Vizeu, Portugal, em 03 de novembro de 1898. Fixou residência em São Paulo, onde realizou brilhante curso no Mackenzie College, recebendo o grau de Engenheiro Químico. Durante a guerra de 32 prestou valiosos serviços à causa de São Paulo, fabricando granadas em Quintaúna. Nesse ofício, devido a um acidente de laboratório, foi gravemente ferido e veio a falecer em 28 de agosto de 1932.

 

RUA ENGENHEIRO REYNALDO CAJADO

Reynaldo Cajado de Oliveira nasceu em São Paulo no dia 04 de fevereiro de 1899. Formado em engenharia civil foi em 1922 comissionado para trabalhar nas Obras Contra as Secas no Ceará. Desencadeando-se a Revolução Paulista de 32, alistou-se como voluntário do Batalhão "Caçadores de Piratininga", na seção de metralhadoras. Lutou até o fim da campanha com desassombro e notável espírito de sacrifício. Quando, porém, tudo já havia terminado nos campos de batalha, foi morto estupidamente pelo 1º tenente José Tavares Ramiro, pertencente às forças da Ditadura, no dia 14 de outubro daquele ano em Pindamonhangaba.

 

RUA ENGENHEIRO SATURNINO DE BRITO

Augusto Saturnino de Brito nasceu em Santos, Estado de São Paulo, em 02 de junho de 1905. Cursou três Escolas de Agronomia: a de Recife, a do Rio e a Luiz de Queiroz em Piracicaba. Ao iniciar o Movimento Paulista de 1932 incorporou-se ao Exército constitucionalista como cabo da 7ª Cia. do 6º R.I.. Combateu na frente Norte até 06 de setembro, data de sua morte. Nesse dia a sua unidade barrava o inimigo na serra da Bocaina, quando foi atingido por duas balas que lhe roubaram a vida.

 

RUA PIMENTA BUENO

José Antonio Pimenta Bueno, marquês de São Vicente, nasceu no Estado de São Paulo, em 04 de dezembro de 1803. Apesar de sua origem absolutamente modesta e de pobreza de seus primeiros anos de mocidade, conseguiu preparar-se para o curso jurídico. Matriculado na Faculdade em 1828, bacharelou-se em 1832, e logo nomeado juiz de fora em Santos e juiz da Alfândega na mesma vila. De 1840 a 1842 foi provedor da Santa Casa, sendo nesse último ano nomeado juiz para a comarca do Paraná. Foi mais tarde promovido a desembargador da Relação do Maranhão e, em 1847, para a Corte. Aposentou-se nesse cargo em 1857. Dentre os cargos vários que ocupou fora da magistratura podem ser citados os seguintes: presidente da Província de Mato Grosso; deputado a Assembléa provincial de São Paulo durante algumas Legislaturas; encarregado dos negócios e cônsul do Brasil no Paraguai; ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros; ministro da Justiça; organizador do Gabinete de 29 de setembro de 1870, presidente da província do Rio Grande do Sul e senador do Império. Era membro de várias ordens honoríficas, e recebeu os títulos de Visconde de São Vicente em 1867, e o de Marquês em 1872. Cheio de serviços ao País, foi considerado por todos como uma das mais altas figuras de seu tempo. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1878.

 

RUA TOLEDO BARBOSA

Francisco Inácio Toledo Barbosa, chefe político no Brás e Belenzinho. Foi administrador das Obras públicas em 1891.

 

AVENIDA ALVARO RAMOS

O Major Alvaro Ramos, distinto funcionário municipal, exerceu durante muitos anos o cargo de diretor da Secretaria da Câmara Municipal de São Paulo.

 

RUA JULIO DE CASTILHOS

Doutor Julio de Castilhos, nasceu em Reserva -0 Rio Grande do Sul, em 1859. Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1881, dedicando-se a causa republicana desenvolveu grande trabalho de propaganda em seu Estado natal, como diretor do jornal A Federação. Proclamada a república em 1889, foi escolhido secretário do governo do Rio Grande do Sul, logo após foi eleito deputado para a Constituinte. Em 1891, foi eleito presidente do seu Estado. Sérios movimentos políticos perturbaram a sua administração. Serviu como deputado e como governador, foi enfrentado e vencido pelos chamados federalistas. Em 1898, foi substituído pelo Doutor Borges de Medeiros, no governo. E considerado como um dos mais notáveis políticos do Brasil. Faleceu em Porto Alegre no dia 24 de outubro de 1903.

 

RUA IRMÃ CAROLINA

A Irmã Carolina de Jesus Oliveira nasceu em Pirassununga em 06 de novembro de 1850. Entrou para o Colégio de Itu e em 1872 recebeu o hábito religioso. Em 1877 fez o seu voto perpétuo. Dotada de sentimento religioso profundo e de extraordinária bondade, foi a escolhida para o cargo de superiora do Asilo de Inválidos de São Paulo em 1890, asilo esse que ela dirigiu durante 31 anos. Sentindo-se doente voltou para Itu e aí faleceu em 22 de junho de 1921.

 

RUA CONSELHEIRO COTEGIPE

O nome acima foi alterado pelo Decreto 15.635, de 17 de janeiro de 1979. João Maurício Wanderley, barão de Cotegipe, descendente de família holandesa, nasceu em 23 de outubro de 1815, na Vila da Barra do Rio São Francisco, Bahia. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Olinda. Foi grande senador do Império, membro do Conselho do Imperador, presidente do Banco do Brasil, administrador geral da Santa Casa de Misericórdia, em cujo cargo fundou o Instituto Pasteur e o Hospital de Cascadura, para tuberculosos. Era dignatário de diversas ordens e membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Fez parte do gabinete de 26 de setembro de 1853, como ministro da Marinha e depois da Fazenda; do gabinete de 16 de julho de 1868 como ministro da Fazenda e dos Estrangeiros, do Ministério de 25 de julho de 1875 como ministro dos Estrangeiros e, do de 15 de fevereiro de 1877, como ministro da Fazenda. Chamado para organizar o Ministério de 25 de fevereiro de 1885, reservou para si a pasta dos Negócios Estrangeiros, cargo que ocupou durante a viagem que o Imperador fez a Europa para tratamento da saúde. Serviu como enviado extraordinário e ministro plenipotenciário no Rio da Prata e no Paraguai para firmar o tratado de paz com esta República. Faleceu no Rio de Janeiro em 13 de fevereiro de 1889.

 

RUA HERVAL

Esta rua foi aberta nas últimas décadas do século XIX, já constando do Mapa da Cidade de 1897 com o nome de "Rua Herval". Em 1916, através do Ato nº 972, ela foi oficializada com a mesma denominação. Em 1935, através do Ato nº 953, o seu leito foi estendido, incorporando o trecho da antiga "Rua 3". Herval: nome de um dos encouraçados brasileiros (navios de guerra) que, a 19 de fevereiro de 1868, participou da famosa "Passagem de Humaitá", episódio ocorrido durante a Guerra do Paraguai. Humaitá era o nome de uma fortaleza sobre o rio Paraguai e que, sob o comando do almirante brasileiro Inhaúma, sofreu os primeiros ataques no dia 19/02/1868. Essa passagem foi um dos mais decisivos episódios da guerra, uma vez que os paraguaios tinham ali concentrado todos os seus recursos e energia. A tomada definitiva da fortaleza de Humaitá pelos brasileiros e argentinos ocorreu no dia 05 de agosto de 1868, com a rendição das forças paraguaias ali aquarteladas.

 

RUA MARQUÊS DE ABRANTES

Miguel Calmon du Pin e Almeida nasceu em Santo Amaro, Estado da Bahia, em 26 de outubro de 1796. Bacharelou-se em Leis pela Universidade de Coimbra em 1821, vindo para o Brasil no ano seguinte. Foi deputado pela Bahia na Assembléa Constituinte em 1823, e seu primeiro secretário. Por várias vezes mais representou o seu Estado. Em 1836 serviu como ministro plenipotenciário do Brasil junto à Corte de Viena e, em 1844, foi enviado a Berlim em missão especial. Em 1840 foi senador pelo Ceará e conselheiro de Estado em 1843. Ocupou ainda, como ministro, as pastas da Fazenda e dos Negócios Estrangeiros por várias vezes. Em 1862, com grande patriotismo e energia, defendeu os direitos e a honra do Brasil na célebre questão Christie. Era Grande do Império, veador de S.M. a Imperatriz, dignatário da Ordem da Rosa, Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro e de muitas outras nacionais e estrangeiras, membro do Instituto Histórico Brasileiro, provedor da Santa Casa de Misericórdia, presidente da Imperial Academia de Música e organizador da Caixa de Amotização. Faleceu no Rio de Janeiro em 13 de setembro de 1865.

 

RUA DOUTOR CLEMENTINO

Doutor Clementino de Souza e Castro nasceu em São Paulo em 4 de janeiro de 1850. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito em 1876, passando a residir em Taubaté e Caçapava, onde dedicou-se à advogacia. Em 1880 foi nomeado juiz substituto da comarca da Capital Paulista, exercendo esse cargo até 1884. Como juiz teve opotunidade de por em execução a célebre lei eleitoral conhecida por - Lei Saraiva. Republicano desde estudante, muitos serviços prestou a propaganda do novo regime, embora com discrição. Com a dissolução da Câmara em 1890, foi criado um Conselho de Intendência do qual fez parte com outros ilustres cidadãos. Depois disso ocupou diversos cargos até atingir em 1892 o Juizado de Órfãos da Capital. Foi ministro do Tribunal de Contas de Justiça do Estado e Intendente de Obras, na República. Faleceu na Capital Paulista em 13 de outubro de 1930.

 

AVENIDA CELSO GARCIA

Afonso Celso Garcia da Luz, nascido em 1869. Formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo em 1895, dedicou-se à advocacia e ao jornalismo. Espírito culto e orador de largos recursos, conquistou grande simpatia principalmente entre as classes operárias, das quais foi um grande amigo e defensor. Faleceu dia 30 de maio de 1908, em São Paulo. Nome oficializado pela Lei nº 1.086, de 15 de julho de 1908.

 

RUA SILVA JARDIM

Antonio da Silva Jardim nasceu na Vila de Capivari, Estado do Rio de Janeiro, em 18 de agosto de 1860. Diplomou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Dedicando-se ao magistério, foi lente de Português da Escola Normal de São Paulo. Tornou-se um dos mestres mais queridos do ensino normal paulista, eis que os alunos gostavam dos métodos pedagógicos do antigo e brilhante homem de imprensa. Na hora das análises, ao invés dos livros, mandava abrir os jornais do dia, examinando os textos vivos de artigos, noticiários e até de anúncios, registrando as crônicas, não só a agradabilidade da inovação, mas, igualmente, a eficácia da mudança. Vivendo nos últimos anos da Monarquia, Silva Jardim, adepto fervoroso da República, ia para as províncias e, grande orador, promovia comícios em favor do novo regime. No dizer de José do Patrocínio, um caráter em carne viva, era por isso respeitado pelas autoridades. Sua morte inesperada e trágica, ocorreu em Nápoles, ao cair numa das enormes fendas do Vesúvio, no dia 1º de julho de 1891.

 

RUA FERNANDES VIEIRA

Fernandes Vieira nasceu na ilha da Madeira. Como emigrante aportou em Pernambuco antes da invasão holandesa, em 1630, durante o governo de Maurício de Nassau. Submisso ao poder dos invasores, dedicou-se a vários negócios que lhe conferiram relativa fortuna. Casou-se com uma rica senhora pernambucana. Em vez de ficar em segurança e gozar sua riqueza, tomou parte numa conspiração contra o poderio holandes, chefiada por André Vidal de Negreiros. Descoberto, Vieira não se intimidou. Precipitou a insurreição patriótica, e em 15 de junho de 1645 soltou o primeiro braso de independência. Em 3 de agosto do mesmo ano, reunindo apenas mil homens, derrotou os inimigos no Monte das Tabocas. No meio dos mais bravos destacou-se Fernandes Vieira, seguido por Henrique Dias, Felipe Camarão, Soares Moreno, Dias Cardoso e outros. Em 7 de outubro o povo, a nobreza e o clero aclamaram-no "Governador da Independência". Durante os anos de 1648 e 1649 ele ainda lutou como um leão nas duas batalhas de Guararapes, ao mando de Barreto de Menezes, até a capitulação da Campina do Taborda. D. João IV recompensou o intrépido lutador com a comenda da Ordem de Cristo, governo da capitania da Paraíba e, mais tarde, de Angola. Faleceu em Olinda no dia 10 de janeiro de 1681.

 

RUA HEITOR MAURANO

Médico e poeta, nasceu em São Paulo no dia 8 de abril de 1894. Fez seus estudos primários no grupo escolar Ramon Puigari. Cursou o ginásio do Estado de São Paulo, o Instituto de Ciências e Letras e o curso preparatório do professor Alfredo Paulino. Formou-se em 1915, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, obteve além da distinção o prêmio Alvarenga. Em São Paulo dedicou-se a cirurgia geral. Foi cirurgião chefe da Casa de Saúde D. Pedro II. Conquistou o prêmio Doutorandos de 1900, com um brilhante trabalho sobre cirurgia. Publicou vários trabalhos nas revistas médicas nacionais e estranjeiras, publicou livros de poesias, Versos que não rasguei foi o seu último livro. Faleceu em maio de 1951.

 

RUA SALDANHA MARINHO

Joaquim Saldanha Marinho, brasileiro, nasceu no ano de 1816, em Olinda, estado de Pernambuco. Jornalista, sociólogo e político. Foi presidente das províncias de Minas Gerais (1865-1867) e de São Paulo (1867-1868), tendo exercido, durante essa última gestão, papel fundamental na fundação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Foi signatário do Manifesto Republicano. Faleceu em 1895. Fonte: SILVA JUNIOR. Manuel Francisco Dias. Pantheon Nacional: Saldanha Marinho: Esboço Biográfico. Rio de Janeiro: Typographia Carioca, 1878. Nome retirado do Banco de Nomes do SEHAB/CASE.

 

RUA VISCONDE DE PARNAÍBA

O nome acima foi alterado pelo Decreto 15.635, de 17 de janeiro de 1979. Antônio de Queiroz Teles, barão, visconde e conde de Parnaíba, nasceu na Fazenda Sítio Grande, município de Jundiaí, em 16 de Agosto de 1831. Era filho do barão de Jundiaí e de Dª Ana Leduina de Morais. Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, iniciando logo em Itú a sua brilhantíssima carreira de homem público. Foi deputado à Assembléa provincial durante três biênios, 1856 a 1861, vereador da Câmara Municipal de Itú, vice-presidente e presidente de São Paulo em 1886. Durante a sua gestão preocupou-se extraordinariamente com o grande problema da imigração e da colonização, tendo prestado ao seu Estado assinalados serviços. Em 1872 colocou-se a frente da Companhia de Estradas de Ferro, dirigindo os seus destinos de 1873 a 1886. Só deixou esse cargo quando teve de assumir a presidência de São Paulo. O seu título, conde do Parnaíba recorda a chegada dos trilhos da Mogiana as barrancas do Rio Parnaíba. O Governo imperial tendo-o agraciado com os títulos de comendador da Ordem de Cristo, barão e visconde, por decreto de 03 de dezembro de 1887 concedeu-lhe o de conde do Parnaíba. Em 16 de agosto de 1931, uma grande comissão composta de distintos e ilustres cidadãos, em nome do povo de Jundiaí prestou-lhe uma significativa homenagem em comemoração da passagem do 143º aniversário de seu nascimento. O título visconde do Parnaíba não deve ser confundido com o de visconde de Parnaíba. Aquele foi concedido ao nosso biografado e este ao piauiense Manuel de Souza Martins, em 1841. O primeiro lembra o Rio Parnaíba e o segundo a cidade de Parnaíba. Faleceu em Campinas em 06 de maio de 1888.

 

RUA SIQUEIRA BUENO

O doutor João de Siqueira Bueno foi deputado provincial e vereador em São Paulo.

 

RUA ENGENHEIRO MUNIZ DE ARAGÃO

Mario Meira de Castro Muniz de Aragão formado em Engenharia pela Escola Politécnica de São Paulo em 1931, alistou-se como voluntário nos primeiros dias do movimento paulista de 32. Cursava o Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva e comandou o 2º B.E. da Coluna Romão Gomes. Salientou-se na companhia pela sua ousadia e incrível espírito de sacrifício. Em 30 de setembro quando terminava o trabalho necessário para a destruição de uma ponte, já visada pelo adversário, foi atingido por uma rajada de metralhadora que o matou.

 

RUA TOBIAS BARRETO

O escritor Tobias Barreto de Menezes, nasceu em Sergipe, em 07 de junho de 1839. Fez seus primeiros estudos na terra natal, ingressando no Seminário da Bahia. Deixando, porém, o seminário, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, onde se diplomou em 1869. Mediante concurso, alcançou a nomeação para lente da Faculdade, lecionando Filosofia do Direito, Direito Público e Direito Comercial. Profundo conhecedor da língua alemã e admirador dessa cultura, que para ele era a melhor do mundo, publicou dois livros nesse idioma e de suas obras destacam-se: "Estudos de Filosofia e Crítica", "Questões Vigentes de Filosofia e de Direito" e "Discursos e Polêmicas". Fazia, também, poesias, e tão fascinantes na forma que o exigente Silvio Romero escreveu: "É um dos maiores poetas que o Brasil tem possuido". Institulou uma das coletâneas de versos: "Dias e noites". Muito querido dos estudantes, passava por eles aflitos e hora de exame e sorria: "Minha norma é nunca reprovar". De fato, para agradar a seus alunos, lutava com a propria Congregação da Faculdade. Inteligência realmente superior, com a capacidade de dominar os assuntos mais diversos desde a música até a filosofia. Faleceu em Recife, em 27 de junho de 1889.

 

RUA PADRE ADELINO

Um importante padre da igreja tinha uma bela chácara na região que fica entre os atuais Largo Ubirajara e Av. Álvaro Ramos. O referido prelado era o padre Adelino Jorge Montenegro. Um hábito deste homem era passear de charrete nas terras do Tatuapé, principalmente no que se conhece hoje por Vila Gomes Cardim. Tanto gostava do local, que pensou em mandar construir nele uma capela. Fervoroso devoto da Nossa Senhora do Parto, a capela seria erigida em louvor a essa Santa. Tendo em vista esse plano, solicitou à Prefeitura de São Paulo isenção de taxas e impostos. Infelizmente seu pedido foi indeferido e seu projeto abortou. O padre Adelino era elemento de grande projeção dentro da igreja. Foi vigário geral e secretário do bispado ao tempo de Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho. Além de padre era advogado, tendo atuado com extraordinária desenvoltura nos foros da Capital paulista e na cidade de Santos. Em 08 de abril de 1902 foi nomeado zelador da Capela Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na atual praça Silvio Romero. Entre outras providências criou nessa capela a Irmandade de Nossa Senhora do Parto, isto em 26 de maio de 1902. Em 28 de junho a associação foi reconhecida oficialmente. Sua direção ficou a cargo dos senhores Francisco José de Souza Vila Nova, presidente; Antonio Alves Machado, secretário; Antonio Cardoso de Melo, tesoureiro e Antonio Gonçalves Serra, procurador. Embora a Irmandade estivesse vinculada à Capela Nossa Senhora da Conceição, seu principal objetivo era a devoção ao culto de Nossa Senhora do Parto. Não é fora de propósito, embora sem comprovação documental, admitir que a Capela Nossa Senhora do Parto tinha sido uma conquista pessoal do padre Adelino. A Cúria autorizou por provisão de 22 de dezembro de 1904 a realização de uma grande festa para o dia de Natal. O evento contou com enorme comparecimento e terminou com a tradicional queima de fogos. A Irmandade Nossa Senhora do Parto dividia as tarefas de sua capela com a Irmandade do Divino Espírito Santo da Quinta Parada. Nos primeiros tempos, no entanto, esta última Irmandade predominava, visto que nas procissões o andor do Divino Espírito Santo ia a frente, seguindo atrás o andor de Nossa Senhora do Parto. Padre Adelino faleceu em 28 de dezembro de 1909. Sua atuação foi alvo de admiração e reconhecimento por parte dos seus contemporâneos.

 

 

Rua Belém em 1960. Em julho deste ano a rua passou por uma reforma. O calçamento foi trocado.
 
 
 
 
Nessa época ainda não existia o cruzamento com a Visconde de Parnaíba.
 
 
 
Abaixo - Av. Celso Garcia, altura do Corpo de Bombeiros, quase em frente com a Rua Redenção.