DE ou DA

11/05/2014 09:36

 

Eu estava aqui pensando: será que um filho da puta também tem mãe e hoje ele comemora o dia dela? 

 

Óbvio que ele tem e muito provavelmente ele comemora. 

 

A resposta que chegou na velocidade de um raio me levou a outra pergunta: 

 

Mas será que o filho da puta tem mãe puta mesmo ou isso é uma lenda, uma força de expressão?

 

E se ela fosse uma de verdade, onde estaria problema? Pensei. Afinal, a condição de ser puta não define o caráter de uma puta, imagino. Pode-se muito bem ser uma puta rampeira, daquelas que cobram dez reais pelo programa e mais cinco por opcionais, sem ser uma ladra bandida, uma metida em política ou coisa dessa natureza peçonhenta.

 

Então percebi que há uma diferença muito grande entre ser filho de puta e ser filho da puta.

 

Refleti serenamente nesta manhã de dias das mães.

 

No primeiro caso o sujeito nasce de uma mãe que comercializa o próprio corpo. Trata-se ai de uma profissional liberal que vive de um negócio que ela conduz por conta e risco como qualquer outro negócio, portanto, o camarada filho dela não teve escolha - nasceu porque nasceu dela e ponto final. Além do mais, mãe é mãe e fim de papo.

 

No entanto, no segundo caso, a coisa se torna um pouco diferente. O lazarento filho da puta nasce de uma mãe que supostamente tenha sido maculada conforme mandou o figurino, ao menos pelas aparências, mas que ao longo do tempo, o infeliz, por circunstâncias e interesses diversos foi se transformando num FDP por opção, um puto que se esconde atrás do rabo da saia da mãe que não necessariamente seja uma puta.

 

Perceberam a diferença?

 

Dai meu amigo, a conclusão é que o filho da puta é mais perigoso que uma bomba atômica de cem megatons. Eles vêm pra cima da gente de tudo quanto é lado,  querendo comer o nosso toco num salve-se quem puder. É um pega-pra-capá geral, mermão!

 

Vamos torcer para que suas mamães puxem suas orelhinhas. Esses monstrinhos são muito desobedientes.