NOTÍCIAS DA COPA

07/04/2014 16:03

 

Blog do Juca Kfouri

UOL

 

O negocião do Mineirão

Juca Kfouri

07/04/2014 15:17

POR LEONARDO DUPIN*

No ano passado publiquei neste blog um texto sobre o repasse de dinheiro público pelo governo de Minas ao consórcio Minas Arena.

“A concessionária Minas Arena terá direito de operar o Mineirão por 25 anos. Para isso investiu R$ 654,5 milhões, dos quais recolheu do BNDES R$ 400 milhões. Nesse período, a empresa terá um retorno assegurado (em parcelas fixas e variáveis), conforme seu desempenho financeiro. Por exemplo, se o negócio não render lucro e a empresa tiver prejuízo, o governo repassaria ao consórcio um valor mensal que pode chegar até R$ 3,7 milhões por mês. O contrato assinado estabelece uma faixa de garantia: se o negócio render até R$ 2,59 milhões por mês, o governo completa a diferença entre R$ 3,7 milhões e R$ 2,59 milhões. (…) o contrato assinado impossibilita a chance de prejuízo para a empresa, o mesmo não acontecendo com os cofres públicos. Ainda que o estádio fique fechado durante esses 25 anos, o faturamento do consórcio nesse período vai passar de R$1,1 bilhão”.

Um ano depois, de acordo com matéria do jornal “O Tempo”, as previsões se confirmam:

“Em 2013, por força de um contrato firmado entre o governo mineiro e a Minas Arena, o Executivo repassou à companhia R$ 44,4 milhões apenas para garantir o lucro mínimo de R$ 3,7 milhões mensais à empresa. A obrigatoriedade de assegurar o lucro da parceira é contratual. O repasse equivale a cerca de R$ 700 por assento do estádio – são ao todo 64 mil. A empresa registrou prejuízos em todos os 12 meses de 2013.”

E o dinheiro público, repassado às empresas que compõem a Minas Arena (Egesa, Construcap e Hap Engenharia), depois irriga a campanha do Lacerda (PSB) e dos Tucanos mineiros. Aliás, um bom dado para ser atualizado nesse ano de eleição.

Resta saber, onde está o Ministério Público mineiro?

*Leonardo Dupin é jornalista e Doutorando em Ciências Sociais pela Unicamp.

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Impasse em Itaquera preocupa as agências internacionais

Juca Kfouri

 

 

04/04/2014 15:42

As grandes agências noticiosas mundiais como a Reuters, Getty Images, Associated Press e DPA, têm manifestado preocupação com a não solução para o caso das estruturas provisórias do estádio da abertura da Copa do Mundo.

Elas pagaram por serviços que, nestas alturas, não têm garantia de entrega.

Pressionada, a Fifa passou esta sexta-feira tendo que explicar para outras sedes da Copa do Mundo por que está na iminência de arcar com os custos necessários para evitar o caos em Itaquera, convencida de que ou o impasse se resolve nas próximas duas semanas, ou não haverá mais tempo nem para remendar a instalação do aparato de Tecnologia da Informação.

É grave a crise.

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ZERO HORA - Relação desgastada07/04/2014 | 11h50

Interdição na Arena Corinthians põe em risco abertura da Copa

Com atrasos, estádio pode receber abertura do Mundial sem ter passado por eventos-teste.

O atraso nas obras da Arena Corinthians está deixando a relação entre Fifa e o clube paulista praticamente insustentável. Neste momento, é simplesmente impossível saber com precisão qual é a data de entrega do estádio. Parte do Itaquerão está interditada pelo Ministério do Trabalho, pois não houve cumprimento de exigências para maior segurança dos operários, principalmente em relação à rede de proteção coletiva, já que dois funcionários morreram durante as obras.

Uma nova inspeção está marcada para esta segunda-feira. Além disso, a questão das estruturas temporárias ainda não ficou clara. O Corinthians insiste que vai pagar, em conjunto com a Odebrecht, mas esta garantia é tratada com muita desconfiança pela Fifa, que vai aguardar até o limite. Se não houver solução, ela irá bancar e cobrar do clube depois.

Diante destes problemas, internamente a organização do Mundial trabalha agora com uma previsão de entrega entre 20 e 25 de maio. Se isto for confirmado, o evento teste oficial comandado pelo COL, previsto para 17 de maio, no jogo Corinthians x Figueirense, teria que ser adiado. O problema é que a abertura da Copa está marcada para 12 de junho, com Brasil x Croácia, e as possibilidades de teste estão ficando cada vez mais remotas.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, tem uma verdadeira obsessão por testar estádios antes das competições. A entidade necessita, por exemplo, verificar se todos os ingressos vendidos pela internet estão na localização certa dentro da Arena. Uma possibilidade é a realização de uma partida, com capacidade de público reduzida. O Corinthians mantém a ideia de receber o jogo contra o Flamengo, no dia 27 de abril, mesmo com o estádio inacabado. A última reunião entre Valcke e Andrés Sanchez, ex-presidente corintiano e responsável pelas obras do Itaquerão, terminou da pior maneira possível.

O encontro, no final de março, realizado na sede do COL, no Rio de Janeiro, teve que ser interrompido por causa de uma forte discussão. Na mesma semana, o secretário-geral disse que "acredita na Odebrecht" para que a obra fique pronta, sem citar o clube. Nos bastidores, Sanchez é considerado arrogante e prepotente. E na verdade ele não faz questão de ter boa relação com os organizadores da Copa, tanto é que em recentes entrevistas em São Paulo disse que Joseph Blatter, presidente da Fifa, "só fica em gabinete e jatinho, não conhece estádio". De qualquer maneira, com todos os ingressos vendidos para a abertura do Mundial, a possibilidade de troca de sede não é cogitada pela alta cúpula da entidade.

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